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Simpósios Temáticos

01 - Patrimônio Documental: tipos, pesquisas e possibilidades

Dr. Rodrigo Luis dos Santos (IFFar - Campus São Borja/RS), Dra. Fabiana Regina da Silva (E.M.E.F. Santa Catarina - Caiçara/RS) e Dra. Caroline von Mühlen (Colégio Sinodal - Portão/RS)

O objetivo deste Simpósio Temático é reunir trabalhos que abordem e discutam o Patrimônio Documental e seus múltiplos suportes – documentos, cartas, processos criminais, acervos escolares, imprensa, acervos pessoais, etc. Neste sentido, pretende-se coligar comunicações que adentrem na análise das diferentes fontes que compõem o conjunto do Patrimônio Documental, mas também a apreciação de espaços de memória que salvaguardam esses acervos, temas advindos das pesquisas realizadas nestas fontes, processos técnicos e metodológicos de conservação, entre outros desdobramentos possíveis. Sendo assim, almejamos congregar um escopo bastante alargado de trabalhos, que partam do tema central proposto por este ST, que é o Patrimônio Documental.

02 - Acervos documentais: pesquisas, salvaguarda e novas perspectivas

Dra. Luciana da Costa de Oliveira (GT Acervos / IHGRGS) e Dr. Marcelo Vianna (GT Acervos / Núcleo de Memória do IFRS)

Os acervos documentais, que por muito tempo foram vistos apenas como o conjunto de documentos utilizados em pesquisas, hoje se abrem à múltiplas problematizações. Não apenas seu conteúdo, mas sobretudo os espaços de memória que os salvaguardam, oportunizam pensar os diversos fios que se entrelaçam e se entrecruzam na organização de um acervo, no seu estudo e, igualmente, em suas trajetórias dentro de arquivos. Nesse sentido, o presente Simpósio Temático está interessado em congregar e debater pesquisas que tenham nos acervos documentais o seu foco de interesse. Com isso, pesquisas em diferentes acervos, trabalhos na constituição e organização de novos fundos documentais são de grande interesse ao debate proposto. Junto disso, conhecer ações empreendidas por diferentes espaços educativos e de memória bem como atividades em Educação Patrimonial organizadas e divulgadas pelas instituições, com vistas à apresentação de acervos sob sua tutela, também oportunizam o dimensionamento e a diversidade de fundos e projetos em desenvolvimento. Por fim, as novas perspectivas que tais usos proporcionam, sobretudo seu processo de virtualização, será o centro da grande teia tramada por trabalhos de diferentes vieses que tem nos acervos documentais o seu maior objeto de estudo.

03 - Patrimônio Cultural da Saúde: Práticas, instituições, doenças, assistência, acervos e memória

Dr. Everton Reis Quevedo (Casa da Memória Unimed Federação/RS), Dra. Juliane Conceição Primom Serres (UFPel) e Dra. Leonor Baptista Schwartsmann (Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul)

Um dos “patrimônios emergentes”, a questão que envolve saúde e suas práticas ganha importância pelas reflexões possíveis, apontando dinâmicas sociais importantes e que, por vezes, não são problematizadas. Este simpósio pretende fazer um balanço historiográfico sobre os estudos do patrimônio cultural da saúde. O simpósio de caráter multidisciplinar propõe-se a congregar pesquisadores das áreas de história, museologia, medicina, biologia, arquivologia, enfermagem, entre outras, que se dedicam ao tema proposto. Assim, serão privilegiadas pesquisas que versem sobre: a) instituições hospitalares e de saúde; b) políticas públicas para o enfrentamento de epidemias e de mazelas sociais – campanhas vacinais, desocupação de espaços, etc.; c) as doenças e seu papel na vida e organização dos doentes; d) atuação dos profissionais de saúde; e) ações assistenciais no suporte ao doentes; f) organização e difusão de acervos da saúde; g) pesquisas sobre a memória de eventos que tiveram impacto marcante sobre a saúde, ou seja, pandemias e isolamento.

04 - Teoria, Prática e Perspectivas em Arqueologia e Cultura Material na América do Sul

Dr. Mauricio Hepp (UFMG) e Fabrício José Nazzari Vicroski (UPF)

As pesquisas arqueológicas na América do Sul vêm produzindo cada vez mais conhecimento que questiona as antigas práticas colonialistas, além da teorização e visão estrangeira sobre o continente, permitindo uma maior amplitude no entendimento dos processos de ocupações regionais e na evidenciação da complexidade social das populações sul-americanas. Os debates e as discussões referentes às demandas de pesquisas locais permitem que arqueólogos abordem temas centrados no continente, com eixos temáticos que envolvam os processos de ocupação do território, a diversidades, variabilidade e multiplicidade cultural, além do entendimento e construção de uma História de longa duração para as populações originárias. Nessa premissa, o engajamento com outras áreas das Humanidades têm se tornado recorrente e permitem abordagens que agregam não apenas a cultura material isolada no passado, mas também o envolvimento de comunidades tradicionais e na perspectiva de aproximação com a História, Antropologia, Geografia, Ciências Sociais e demais campos que contribuem para a construção de conhecimento pautado na experiência e perspectiva das populações ameríndias. Com vias de propiciar um espaço para expor pesquisas arqueológicas que se debruçam sobre os remanescentes de tais populações, e outras mais, assumidas como subalternas dentro dos processos colonizadores, busca-se discutir a sua materialidade, as diferentes formas de ocupação do território, as relações sociais, as relações com o ambiente, os processos de resistência e firmação identitária, dentre outros temas que permitem evidenciar a complexidade social e a diversidade cultural que existe nos contextos sul-americanos.

05 - Historiografia no discurso patrimonial

Dr. Daniel Maurício Viana de Souza (UFPel), Dr. Diego Lemos Ribeiro (UFPel) e Me. Helena Thomassim Medeiros (UFPel)

Este simpósio temático tem como propósito a discussão sobre a história construída e agenciada a partir dos bens patrimonializados, ou em processo de patrimonialização. Considera-se que os patrimônios estão imersos em conflitos de interesses, esquecimentos e seleções, compondo um determinado discurso autorizado sobre o passado. Por vezes, o movimento centrífugo de legitimação de um passado hegemônico e essencialista empurra para a periferia do debate a agenda de coletivos diversos – como comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais –, que são legados ao estrato da subalternidade. Pretende-se colocar em perspectiva dois conceitos utilizados por Dominique Poulot (2009). O primeiro, a patrimonialidade, engendra a modalidade sensível de uma experiência do passado, e refere-se ao potencial patrimonial que justifica sua legitimação; o segundo, a patrimonialização, tem relação com o seu reconhecimento legal, sua chancela, enquanto um bem que representa determinado grupo. Este reconhecimento, não raro, está atrelado a grupos autorizados e refletem o que Pollack denomina de “trabalho de enquadramento da memória”, nos quais são construídas narrativas que, baseadas na história, corroboram com interesses de solidificar uma determinada imagem sobre o passado. Nas últimas décadas os discursos autorizados do patrimônio vêm sendo criticados, abrindo espaço para uma percepção mais plural e multifacetada da realidade. Contudo, como um processo ainda em curso, serão bem-vindos neste simpósio temático pesquisas, reflexões e experiências que coloquem em discussão uma perspectiva mais horizontal, colaborativa e humana que envolve os patrimônios, suas patrimonialidades e os respectivos processos de patrimonialização.

06 - Arqueologia de Sambaquis e Concheiros do Brasil

Dr. Filipi Pompeu (UFPel), Me. Ivana Oricchio (UFRJ) e Dr. Carlos Eduardo Ferreira Melchiades (Pesquisador Independente)

 

Este simpósio é voltado para a divulgação, atualização e debate em pesquisas recentes pertinentes ao tema dos sítios litorâneos conchíferos brasileiros. Um tema sempre prolífico desde os primórdios da arqueologia profissional e amadora no país, a interdisciplinaridade usual do assunto é mais uma vez bem vinda ao debate, incentivando a contribuição de trabalhos sobre sepultamentos, zooarqueologia, estratigrafia, construção da paisagem, cosmologia, sistemas de ocupação, datações e produção de artefatos - dentre outros tópicos. Os estudos devem versar sobre sítios com presença de elementos conchíferos em região litorânea.

07 - Patrimônio Espeleológico

Ddo. Pablo José Leite dos Santos (UFPA) e Esp. Maria de Jesus Almeida (Fundação Casa de Marabá)

 

O Patrimônio Espeleológico representa todos os atributos bióticos e abióticos, socioeconômicos e histórico-culturais, superficiais e/ou subterrâneos associados às cavernas. Os principais estudos podem ser subdivididos em três subtemas PROSPECÇÃO/TOPOGRAFIA (busca e mapeamento de cavernas), BIOESPELEOLOGIA (ecologia e fauna subterrânea)  e GEOESPELEOLOGIA (gênese de cavernas, hidrologia do carste, espeleotemas, dentre outros). Neste contexto, convidamos a comunidade espeleológica a contribuir enviando trabalhos sobre esses três subtemas relativos ao Patrimônio Espeleológico. Vamos juntos nos aprofundar no conhecimento sobre as cavidades naturais subterrâneas.

08 - História e Patrimônio Militar

Dr. Ianko Bett (UFRGS), Dr. Wilson de Oliveira Neto (UNIVILLE) e Dda. Bárbara Tikami de Lima (UNISINOS)

Neste Simpósio Temático serão bem-vindos trabalhos que enfoquem questões teóricas e metodológicas da produção do saber histórico e sua interface com as questões patrimoniais e dos bens culturais, com amplo diálogo com outras áreas do conhecimento (Arquitetura, Sociologia, Antropologia, Relações Internacionais), como os usos do passado (história e memória) e os embates em torno dos discursos, narrativas e representações, a produção e (re) invenção de tradições, as políticas públicas de preservação do patrimônio material e imaterial, além de experiências de pesquisa e ensino da história desenvolvidos nos lugares de memória (museus, arquivos, bibliotecas, monumentos, cemitérios, etc.) de tipologia militar. Também interessam para este ST abordagens que priorizem a discussão sobre a identificação, o levantamento, a salvaguarda e o registro do patrimônio relacionados a atividades militares; sobre normas e legislações (âmbito federal, estadual, municipal, institucional) referentes à preservação, comunicação e pesquisa dos bens patrimonializados relacionados a atividades militares e sobre narrativas históricas que tenham como suporte esse patrimônio.

09 - O trabalho do Historiador em instituições custodiadoras de patrimônio documental

Dr. Alexandre de Almeida (UFABC - Fundação Universidade Federal do ABC) e Dra. Sonia Maria Troitino Rodriguez (UNESP)

 

Motivados pela crescente presença de historiadores e historiadoras trabalhando em acervos, agora regulamentada pela Lei 14.038/2020, pretendemos reunir profissionais, com o objetivo trocarmos experiências sobre as diversas atividades desenvolvidas nessas instituições, não se limitando ao escopo de seu ofício, a historicização dos documentos, mas, também atividades que exigem o diálogo interdisciplinar com áreas como a Ciência da Informação, a Diplomática e a Museologia. Convidamos os interessados a apresentar comunicações, na forma de estudos de caso ou reflexões teóricas, relacionadas a temas como: Gestão Documental, Difusão Cultural, Desenvolvimento de Bases de Dados, Conservação Preventiva/Restauro, entre outras.

10 - Cultura Material, Arqueologia e Patrimônio: sentidos e ressignificações

Dra. Jacqueline Ahlert (Universidade de Passo Fundo) e Dra. Dayanna Carbonel (Ministerio de Cultura del Peru)

 

Olhares sobre a necessidade de interações mais efetivas entre os pesquisadores do campo do patrimônio cultural (arqueólogos, historiadores, arquitetos, museólogos, gestores, entre outros) e as comunidades que se relacionam - direta e indiretamente - com tais bens, entraram na pauta dos debates acadêmicos desde fins do século XX, incitados pelas proposições de uma arqueologia pública e das gestões compartilhadas. O envolvimento das comunidades no compartilhamento da responsabilidade pelo gerenciamento do patrimônio e a apropriação construtiva dos bens culturais (SHANN, 2007) têm se mostrado fundamentais no âmbito da preservação da memória e da conservação da integralidade de conjuntos patrimoniais, sejam sítios arqueológicos, sejam acervos musealizados ou particulares. De outro lado, as pesquisas acadêmicas estão abrindo-se para a perspectiva do imaginário que tais “coisas” ou espaços podem ter no cotidiano das pessoas, questionando-se de que modo ocorre a interação dos bens patrimoniais com os grupos que vivenciam os locais e artefatos. Nesse sentido, o simpósio temático objetiva reunir estudos que repensam o lugar canônico do patrimônio, preocupados com as relações de alteridade, do entrelaçamento no tempo e no espaço dos fenômenos históricos, valorando o que as pessoas constroem contemporaneamente com os artefatos e as paisagens culturais.

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